RoboCop 3 | RoboCop 3 | dir. Fred Dekker | EUA | ★
Havia faltado “RoboCop 3” no desafio que fiz da série que, infelizmente, foi degringolando enquanto ganhava cada vez mais continuações. Ao falar sobre os dois filmes antecessores, eu cheguei a levantar a bola de ambos os filmes por conta do seu humor ácido e bastante pertinente à crítica que as histórias estavam fazendo. No terceiro longa isso meio que se perde, transformando o seu protagonista quase que um coadjuvante de sua própria franquia. O roteiro é mais uma vez escrito por Frank Miller, mas algumas coisas mudaram. A mais notória delas é o ator principal. Sai o icônico Peter Weller para entrar Robert John Burke. O diretor também é outro, estando à frente o desconhecido Fred Dekker (“A Noite dos Arrepios”, “Deu a Louca nos Monstros”). A Detroit de “RoboCop 3” segue sendo um caos violento. A OCP, que cuida da força policial, continua pensando só em lucros. E agora tem uma indústria japonesa querendo o espaço para implantar seu poderio como fabricante de cosméticos. E para isso estão deixando vários cidadãos na rua. Surge então um grupo de rebeldes que luta contra esse capitalismo. Junta-se a eles a pequena Nikko (Remy Ryan), que ficou órfã em meio a essa bagunça. RoboCop (Burke) vem como uma salvação, mas continua tendo sua moral biônica influenciada pelas memórias de Alex Murphy. Não espere grande coisa desse “RoboCop 3”, porque a decepção pode ser enorme. A produção teve uma série de problemas, sendo a mais séria o fato de ter sido todo filmado em 1991 e lançado quase dois anos depois (a empresa que produzia o projeto estava abrindo falência). Tem um tanto de coisas desconexas, como um colete que permite aquele ciborgue pesadíssimo voar como uma libélula, além do mal da criança-fofinha-e-inteligente que agrega pouca coisa ao filme. Que fim infeliz!
Filmes Relacionados:
• RoboCop – O Policial do Futuro (1987)
• RoboCop 2 (1990)




